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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cine CCBEU: programação de fevereiro



Cine CCBEU - programação de fevereiro:

03/02 - 
Filme da platéia:"O segredo de seus olhos" de Juan Jose Campanella
           Comentários: Jessica Mota
 
 
17/02 - 
"Um olhar a cada dia" de Theo Angelopoulos

Serviço:
quinzenalmente às quintas
18:30
No Cine-teatro do CCBEU
(Padre Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e CCBEU (logos)
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

Sobre "O segredo dos seus olhos":

Para quem não conhece muito do cinema argentino, aqui vai uma dica: O Segredo dos seus Olhos, dirigido por Juan José Campanella (aclamado pelos filmes O Filho da Noiva (2001) e Clube da Lua (2004)) e protagonizado por Ricardo Darín. Baseado no livro La pregunta de sus ojos, de Eduardo Sacheri, o longa fala sobre um oficial do Tribunal de Justiça da Argentina que participou da investigação de um cruel assassinato e, 25 anos depois, ao se aposentar, ele começa a escrever um livro sobre o crime, revisitando suas memórias e as pessoas que fazem parte dela. Unir suspense, drama, humor e romance como Campanella faz nesta obra, não parece ser uma tarefa fácil.

No gênero romance, o que importa são as pessoas, não a ação. No policial é o contrário, as ações são fundamentais. Porém o autor consegue unir sutilmente esses dois tipos de estruturas bem distintas e dosadas na medida certa. As obras de Campanella têm como grande característica tramas sobre a vida cotidiana, sempre com uma volta ao passado. Em O segredo dos seus olhos não é diferente, apesar do tema central ser um crime ocorrido há muitos anos, o filme não foge do tema mais comum do saudosista cinema argentino, a ditadura.

Uma história instigante, um elenco excepcional, um roteiro espetacular e uma direção de fotografia que dá uma aula de decupagem e movimentação de câmera tornam o filme rico em detalhes. O planossequência da perseguição ao assassino é de um primor capaz de levar ao delírio qualquer um que entenda e que goste de um cinema bem executado. Este é um filme que fala sobre o amor e suas várias formas, o sublime, o incompreendido, o não correspondido, amor de amigo, e permeando sobre todos eles, a paixão.

Jessica Mota 
(frequentadora do Cine CCBEU)

Mais informações:

 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

As crônicas da volta por cima

Às vezes a vida nos lança uma bola nas costas, nos dá um abacaxi para descascar, nos obriga a andar em círculos. Mas saber lidar com o fracasso pode ser o primeiro passo rumo ao sucesso.


Link : http://www.selecoes.com.br/as_crônicas_da_volta_por_cima_3252

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cine CCBEU - Filme da platéia: "A Guerra dos Botões" de Yves Robert

Cine CCBEU - Filme da platéia: "A Guerra dos Botões" de Yves Robert




Direção: Yves Robert, França, 1962;
Roteiro: Yves Robert e François Boyer;
Elenco: Gibus, Jacques Dufilho, Jean Richard, Pierre Trabaut, Michel Galabru;
Fotografia: André Bac;

Produção: Guéville





Sinopse:


Um grupo de crianças de uma aldeia (Longeverne) confronta-se com as de outra aldeia (Velrans) no interior da França, em meados do século XX. Elas estão retornando ao ano letivo. E em meio as aulas, travam verdadeiras batalhas com espadas de madeira e estilingues  nos campos e florestas que separam os lugarejos.



As crianças de Longeverne, liderados por Lebrac, em uma destas batalhas, tem uma idéia. A de arrancar todos os botões, cadarços dos sapatos e confiscar os cintos dos presos, para que assim ao retornarem as suas casas apanhassem dos pais.



É uma excelente comédia um tanto realista que polariza uma infância de um lado e a guerra, e suas tragédias, de outro. Neste intervalo a inocência é discutida, ao mesmo tempo em que a política (republicanos e monarquistas), e as diferenças sociais (ricos e pobres), em diálogos abertos ou votações em que a participação coletiva é o que conta.

A cena: Após a destruição do esconderijo das de Longeverne, descobrem as crianças que foram delatadas por um traidor. Em uma rápida reunião decidem o que fazer: deram-lhe um castigo. Foi surrado nas costas por todo o grupo.
Outra cena é quando Lebrac vai para o reformatório, e a única pessoa que foi o visitar, o professor, indaga se teria algo para perguntar a seus pais, Lebrac questiona então o porquê de não virem. Lá encontra o seu arqui-inimigo, e vendo ambos que eram os únicos familiares que contavam ali (se é que chegaram a pensar nisso), confraternizaram-se .      

Sérgio Vaz, 50 anos de filme

Serviço:
dia 20 de janeiro (quinta)
Às 18h30
No Cineteatro do CCBEU
(Tv. Pe Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Comentários: Markuns Vinicius
Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes



domingo, 2 de janeiro de 2011

Cine CCBEU apresenta: "Viridiana" de Luis Buñuel


Cine CCBEU apresenta: "Viridiana" de Luis Buñuel*

Luis Buñuel é um dos pilares da história do cinema. Sua trajetória comporta uma vasta filmografia na França (onde realizou as maiores obras do Surrealismo cinematográfico) e no México (onde sagrou-se como maior cineasta da história do país). Espanhol de Calanda, Buñuel, entretanto, até 1961 havia realizado apenas um documentário em seu país - o maldito Terra sem Pão - quando teve oportunidade de executar a obra-prima Viridiana.
Na quase ilegalidade, Buñuel dirige em Madri o seu filme mais subversivo desde A Idade do OuroViridiana representou um reencontro com a terra que um dia foi dele e naquele instante ardia sob as botas da ditadura de Francisco Franco. O autor destila toda a sua poesia anárquica contra as falidas instituições burguesas: a família, a religião, o autoritaritarismo no amor e a falsa filantropia. Tudo isso através de símbolos oníricos e sexuais.
Viridiana é a fé na violência das imagens. Com cenas imortais, o filme permanece até hoje como um grito desesperado pela liberdade total. Não podemos esperar nada menos da arte.

(APJCC - 2010)

Luís Buñuel sempre foi um delinquente. Desde moleque. Talvez por conta disso a sua filmografia seja uma das mais inquietantes do cinema moderno. Porém, toda essa agressividade iconoclasta (que o acompanha desde a sua estréia em Um Cão Andaluz) encontra a maturidade cinematográfica nesse Viridiana.
A narrativa desconcertante do processo de degeneração moral de uma jovem religiosa, além de uma aula de cinema, é uma aula de coragem. O diretor, então extraditado, retorna à Espanha e realiza ilegalmente o seu filme-provocação.
Viridiana culmina num ridículo ménage-a-trois simbolizando a mijada do mestre espanhol nas caras da hipocrisia católico-burguesa e, principalmente, da perversidade imoral que, de ricos a pobres, habita em todos nós.

(Cine Uepa - 2007)

*Textos de Miguel Haoni

Serviço:
dia 6 de janeiro (quinta)
Às 18h30
No Cineteatro do CCBEU
(Tv. Pe Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes