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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

para rir no fim do semestre


A MALDIÇÃO DO FEIJÃO

Um homem tinha verdadeira paixão por feijão, mas ele lhe provocava muitos gases, criando situações embaraçosas sempre que o comia.

 Um dia ele conheceu uma garota e se apaixonou.

 Mas pensou: Ela nunca vai se casar comigo se eu continuar desse jeito.

Então fez um sacrifí­cio enorme e deixou de comer feijão.

Pouco depois os dois se casaram.

Passados alguns meses, quando ele voltava para casa, seu carro quebrou. Ele telefonou para a esposa e avisou que ia chegar mais tarde, pois voltaria a pé.

No caminho de volta para casa, passou por um restaurante e o aroma maravilhoso do feijão lhe atingiu em cheio. Como ainda estava distante de casa, pensou que qualquer efeito negativo passaria antes de chegar. Então entrou e comeu três pratos fundos de feijão.

Durante todo o caminho, foi para casa peidando, feliz da vida. E quando chegou já se sentia bem melhor. 

A esposa o encontrou na porta e parecia bastante excitada. Ela disse: 'Querido, o jantar hoje é uma surpresa.'Então ela lhe colocou uma venda nos olhos e o levou até a mesa, fazendo-o sentar-se na cabeceira.

Nesse momento, aflito, ele pressentiu que havia um novo peido a caminho. Quando a esposa estava prestes a lhe remover a venda, o telefone tocou ela foi atender, mas antes o fez prometer que não tiraria a venda enquanto não voltasse.  Ele, claro, aproveitou a oportunidade. E, assim que ficou sozinho, jogando seu peso para apenas uma perna, soltou um senhor peido. Não foi apenas alto, mas também longo e picotado. Parecia um ovo fritando. Com dificuldade para respirar, devido a venda apertada, ele tateou na mesa procurando um guardanapo e começou a abanar o ar em volta de si, para espantar o cheiro. 

Mas, logo em seguida, teve vontade de soltar outro. Levantou a perna e... RRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUMMMMMMM!!... Esse, então, soou como um motor a diesel pegando e cheirou ainda pior!... Esperando que o odor se dissipasse, ele voltou a sacudir os braços e o guardanapo, frenéticamente, numa animada e ridí­cula coreografia.

E quando pensou que tudo voltaria ao normal, lá veio a vontade outra vez. Como ouvia a mulher, lá dentro, continuando a falar no telefone, não teve dúvidas: jogou o peso sobre a outra perna e mandou ver. Desta vez merecia medalha de ouro na categoria. Enxofre puro. 

As janelas vibraram, a louça na mesa sacudiu, e em dez segundos as flores no vaso sobre a mesa estavam mortas. 

Ouvido atento a conversa da mulher no telefone, e mantendo a promessa de nãoo tirar a venda, continuou peidando e abanando os braços por mais uns três minutos. 

Quando ouviu a mulher se despedir no telefone, já estava totalmente aliviado. Colocou o guardanapo suavemente no colo, cruzou as mãos sobre ele e chegou a sorrir vitorioso, estampando no rosto a inocencia de um anjo.

Então a esposa voltou a sala, pedindo desculpas por ter demorado tanto ao telefone, e lhe perguntou se ele havia tirado a venda e olhado a mesa de jantar. Quando teve a certeza de que isso não havia acontecido, ela própria lhe removeu a venda e gritou:

'SURPRESAAAA! '

'E ele, finalmente, deu de cara com os doze convidados sentados a mesa para comemorar seu aniversário!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Cine CCBEU apresenta: "O Contrabandista e o Iconoclasta"



Cine CCBEU apresenta: "O Contrabandista e o Iconoclasta"

Para um cineasta crítico, existem duas formas básicas de ataque à mediocridade das convenções: uma indireta, através dos subtextos, como um contrabandista que esconde suas idéias sob a superfície ingênua dos filmes comerciais e outra direta, através de trabalhos radicais e subversivos, como um iconoclasta em seu ofício de destruição criativa.
O contrabandista e o iconoclasta, e suas desventuras na indústria hollywoodiana são a matéria enfocada por Martin Scorsese na terceira e última parte de seu documentário "Uma viagem pessoal pelo cinema americano".
Esta aula de cinema entretanto se encerra com uma nota trágica. Grandes artistas foram desprezados e maltratados pelo mundo que ajudaram a crescer. Entretanto o tempo e paixão de homens como Scorsese deram a nomes como Samuel Fuller, Erich Von Stroheim, Douglas Sirk ou Orson Welles o espaço que era deles de direito. A eternidade.

Miguel Haoni
(APJCC - 2010)

Serviço:
dia 16 de dezembro
Às 18h30
Excepcionalmente no Auditório do CCBEU
(Tv. Pe Eutíquio, 1309)
ENTRADA FRANCA

Realização: Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Centro Cutural Brasil Estados Unidos
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Rede Norte de Cineclubes

INOVACINE se despede com curtas de Sérgio Péo




O INOVACINE desliga os projetores de sua primeira jornada no próximo dia 15 de dezembro com exibição simbólica dos curtas do paraense Sérgio Péo. Neste 1 ano e pouco o projeto exibiu e debateu  88 filmes, dos quais 28 foram nacionais e 38 regionais. A exibição deste material continua indispensável para a cidade.

A perspectiva de discussão democrática a partir da construção de uma comunidade de olhar crítico é mais uma vez o viés do debate que será conduzido pelo coordenador do projeto Francisco Weyl nesta quarta-feira no Iphan.

Mais de 100 novos cineclubistas nascidos dos 10 municípios visitados neste ano compõem o coro de uma nova cultura cinematográfica no Estado. Mateus Moura agradece, pois, segundo ele, aprendeu muito mais que ensinou. Miguel Haoni assina embaixo, e afirma que "o processo de aprendizagem não pode parar".

É com muita alegria e satisfação que mais uma vez o INOVACINE saúda a emergência desta nova cultura cinematográfica no Estado, seja de espectadores, críticos, cineastas ou claquetistas.

A convocação para prestigiar os filmes deste paraense é feita a todos que se interessam. A entrada, assim como a conversa, como sempre, são francas. Todos são bem-vindos ao brinde final. Vida longa à cultura.


P.S: Aproveitamos a oportunidade para entregar os certificados daqueles que fizeram as oficinas do INOVACINE na região metropolitana de Belém (Marambaia, Guamá e CENTUR).


Sinopses:

Rocinha Brasil 77 (18 minutos – 16/35mm) Sinopse: Investigação sobre hábitos e qualidade de vida da maior favela da América Latina. A câmera passeia, enquanto em off, ouve-se reflexões de moradores sobre questões do dia-a-dia da comunidade.

Ñanderu, Panorâmica Tupinambá (10 min/35mm)Sinopse: Resgate poético da memória de nossos antepassados Tupinambá. Considerados extintos ainda no século XVI. O filme conta com o depoimento de Verá Miri, Cacique/Pajé da tribo Guarani Mimbiá.

Marajó, O Movimento das Águas (20 min/35mm)Sinopse: Filme iniciado em 1991, interrompido, por problemas técnicos e finalizado em 2010. A câmera percorre as margens do Amazonas, focando a diversidade da flora virgem. Caminha entre trilhas de gravetos culminando com a marcha folclorica dos ritmos marajoaras. O filme é uma homenagem a professora Lindalva Caetano, pesquisadora do Folclore Marajoara.

 

Serviço:

15/12 (quarta-feira)
19:00
No IPHAN  - Tv. Rui Barbosa, esquina da Av. Governador José Malcher

ENTRADA FRANCA

Realização: INOVACINE
Apoio: IPHAN
Informações: (91) 8717-5666


 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

TV Clube exibe "Seinfeld" e "That '70s Show"



TV Clube apresenta "Enlatados Americanos" - Seinfeld e That '70s Show

Eles não vão te educar. Não, eles não vão te dizer pra ir à escola, pra ser mais consciente politicamente ou respeitar as diferenças. Eles não são seus professores e a TV deles não é uma escola. Jerry, Elaine, Kramer, George, Eric, Donna, Hyde, Fez, Jackie, Kelso: eles vem da terra do tio Sam, enlatados em pequenos pacotes culturais semanais de 20 minutos, e nas diferenças e semelhanças que os afastam e aproximam partem do mesmo pressuposto: a ode ao hang-out.

O TV Clube apresenta um dos formatos mais demonizados da TV: a sitcom. E serão dois os exemplares que exibiremos essa semana, a seminal "Seinfeld" e a libertária "That '70s Show". Baixo orçamento, nenhum engajamento social, vontade de divertir e anarquia criativa, resumindo, o maior pesadelo de Adorno. O gênero televisivo por excelência que sustentou a TV americana nos anos 90 agora em debate. Os amigos sem nada pra fazer e aquilo que eles fizeram pela TV na nossa mira. Sente confortavelmente na sua cadeira, relaxe e divirta-se (e que Adorno continue tendo pesadelos para sempre!).

Felipe Cruz (APJCC - 2010)

Serviço:

TV Clube apresenta "Enlatados Americanos"
Seinfeld: episódios "Piloto" e "A Competição"
That '70s Show: episódios "Aquele piloto dos anos 70" e "Jantar e correr"
Dia: 12 de dezembro (domingo)
Às 18h
Local: Espaço Benedito Nunes (Livraria Saraiva - Shopping Boulevard, 2º piso)
Entrada Franca!

Realização: APJCC
Apoio: Livraria Saraiva

--
Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema
Blog: http://apjcc.blogspot.com/
Twitter: @apjccnews


como ele conseguiu?

Recebi por e-mail, achei legal.
 
 

Estavam duas crianças
patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada
e fria e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo se quebrou
e uma delas caiu,
ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso
e se congelando, tirou um dos patins
e começou a golpear o gelo com todas
as suas forças, conseguindo por fim
quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram
e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo,
sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local,
comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor,
para lhe dizer que não seria capaz..

 


Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema e Cine Líbero Luxardo apresentam: Mostra Melhores da Década (3 anos de APJCC)



Cine Líbero Luxardo e Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema apresentam:
Mostra Melhores da Década (3 anos de APJCC)

Um brinde, Jedediah, ao amor em meus termos. Estes são os únicos termos que um sujeito conhece - os seus próprios!"
Orson Welles,
Cidadão Kane

O ano de 2010 representa o fim cronológico desta década. Para os cinéfilos, é oportunidade para rever a produção dos últimos 10 anos e avaliarmos se foi desta vez ou não que o cinema acabou, como apontam os histéricos. Entretanto um olhar de relance na produção paraense, brasileira, latino-americana e mundial revela um cinema vigoroso e que vai viver por no mínimo mais uns 115 anos. Neste espírito a APJCC (que completa 3 anos neste mês) tomou a iniciativa em realizar uma Mostra, em parceria com o Cine Líbero Luxardo, com o melhor do melhor do cinema mundial contemporâneo.
Estranha perceber que 100% dos filmes listados sejam americanos. E onde estão os filmes asiáticos - maior núcleo de inovação cinematográfica da contemporaneidade? E o cinema brasileiro, pobrezinho? e o resto do mundo? A lista da APJCC revela duas coisas: 1° que o cinema americano continua sendo o maior de todos.Como a jovem crítica francesa do pós-guerra, não estamos interessados nos limites sócio-políticos mas na mise-en-scène, não defendemos o produto local mas a arte universal e é disso que estes filmes falam. 2° que para quem foi cinéfilo no Pará nos últimos 10 anos só chegou o cinema americano mesmo. Fora alguns refugos de cinema brasileiro e europeu, o circuito alternativo paraense foi bem ingrato com quem estava ansioso por CINEMA de verdade. Sobrou o comercial mesmo. Os cineclubes só voltaram muito recentemente e a onda downloader mais recentemente ainda. Obviamente essa justificativa não é uma desculpa: os filmes desta lista são realmente os melhores da década em nossa opinião. Se o olhar é tendencioso, paciência. Só sabemos amar desse jeito e só exibimos o que amamos, com nossas limitações e nossa liberdade.
Esperamos que esta lista sirva como provocação a todos os cineclubistas e amantes da sétima arte a fazerem suas próprias listas de melhores da década. Nosso olhar não pretende ser o único e nossa aventura cinefílica abriu apenas uma das infinitas trilhas que o cinema comporta.
Esta mostra serve também como lançamento para as próximas aventuras da APJCC. A Associação ruma para uma institucionalização e organização maior - sem perder a ternura jamais. "Saímos do romantismo para o realismo" afirma Mateus Moura e hoje a associação não é mais uma gangue de cinéfilos alcoolatras, está mais para uma vaca virtual de divinas tetas da qual nos alimentamos e a qual devotamos nosso amor. Amor nos nossos termos obviamente,

Miguel Haoni (APJCC - 2010)

14/12 (terça) "Menina de Ouro" de Clint Eastwood

O cavaleiro das trevas Clint Eastwood sabe que a escuridão é terrível, mas que se torna ainda mais insuportável quando vislumbramos um pouco de luz. Maggie (a aprendiz de lutadora) é uma luz, uma possibilidade e a caminhada cênica/dramática de ambos os personagens das profundezas da escuridão em direção à claridade é direção de gênio.

No início do filme vemos uma luta de boxe. O lutador de Frankie leva um soco na cara e a câmera se aproxima o máximo possível daquele machucado: é que o filme é uma ferida aberta, que nunca vai se fechar. Maggie, de certa forma, é o que abre ainda mais a ferida de Frankie e o que mostra sua primeira possibilidade de escapar de tanta solidão. Eastwood não precisa de muito para, com as imagens e a música, nos localizar dentro daquilo que é essencial: são suas cenas dentro de casa, sempre no escuro, acedendo uma única luz (a luz da memória), do armário onde guarda as cartas que escreve para a filha e que sempre recebe de volta; é a concepção delicada e exata de cada cena em que Maggie e Frankie dividem o mesmo quadro e que nos mostra que quando se trata de "lar" não existem lugares, mas sim pessoas; é o timing perfeito de saber segurar o significado do nome irlandês de Maggie até o momento em que haverá o campo/contracampo perfeito para que ele seja revelado.

Clint Eastwood disse que queria passar a impressão, para o público, de que aquela era uma história que acontecia em outra época - e ele não se referia a um tempo histórico, mas a um tempo emocional. Um dos homens mais sensíveis do mundo consegue nos levar para esse tempo, para esse lugar, "no meio do nada entre cedros e carvalhos", onde pouco mais lhe resta do que a lembrança daquela luz breve que tornou as trevas ao seu redor intransponíveis.

É a solidão de um verdadeiro pai.


Felipe Cruz (APJCC - 2010)



15/12 (quarta) "Os Excêntricos Tenembaum" de Wes Anderson
"Os Excêntricos Tenembaus", um filme de 2001 dirigido pelo incrível Wes Anderson. Filme principal da obra desse diretor texano que é no minino estiloso.
Para os insensíveis e desavisados é apenas uma obra sobre a família, e a questão existencial que essa discussão traz a tona, mas, estão enganados mocinhos! Anderson nos mostra tipos humanos, completamente reais, facilmente de serem encontrados, porém, envolve tudo isso em uma grande fabula.  A fotografia trazendo um requinte estranho, combinando tudo com o figurino, tentando nos enganar a qualquer custo de que é apenas ficcional, quando é além, é poesia. 
O começo de uma estética infalível que utiliza planos rigorosamente perfeitos e inaugura sua poesia com a câmera, "Os Excêntricos Tenembauns" é o marco inicial para a sua capacidade plástica, seu plano frontal atrelado ao enredo narrativo aparecem pela primeira vez, de fato, e mostra o rigor cinematográfico e o respeito que esse mestre, sim depois de alguns anos e de filmes como: "Viagem a Darjeeling", "O Fantástico Sr. Raposo" podemos e devemos o chamar de um dos grandes mestres do cinema contemporâneo.


Luah Sampaio (APJCC - 2010)


16/12 (quinta) "Corpo Fechado" de M. Night Shyamalan
M. Night Shyamalan registra o cinema contemporâneo com obras que primordialmente derrubam 'roteirices'. Caiu no gosto do público com a trama de um garotinho que fazia pipi porque via pessoas mortas. Em"O Sexto Sentido", já era notável sua habilidade para criar imagens consistentes. O roteiro na sétima-arte destaca o ponto de partida. O cineasta deve em sua operação esfregar na tela e no rosto do público que as imagens por si só falam, gritam. Shyamalan é um modulador de formas, assim como era Alfred Hitchcock. E cinema é forma desbotando o conteúdo. "Corpo Fechado" é a confirmação de um cinema corajoso, busca na mitologia dos quadrinhos sua vibração poética. Shyamalan filma sua obra-prima, que assusta pela grandeza de percepção cinematográfica. Existe uma trama, um desastre de trem, todos os passageiros morrem, com exceção de David Dunne, querendo explicações ele encontra Price, que o leva a uma resposta estranha para o acontecido. Mas é apenas um dispositivo que faz do filme ser uma das obras mais interessantes dos últimos tempos; a condução imagética de quem o fez.

Aerton Martins (APJCC - 2010)

17/12 (sexta) "Embriagado de Amor" de Paul Thomas Anderson
Paul Thomas Anderson já tinha mostrado seu talento nos grandes "Boogie Nights' e "Magnólia" quando resolveu cortar seu cordão umbilical com a Nova Hollywood e filmar "Embriagado de Amor". Aqui não encontramos rastro de Scorsese ou Altman, apenas PTA e sua sensibilidade estranha para a luz, música e o bom e velho 'beijo no final". "Embriagado..." é mais que uma comédia romântica, é um hino às possibilidades de transformação de gêneros desgastados em autênticas peças de arte. O tratamento audiovisual dos dramas de Barry Egan são puro cinema. Tudo o que poderia soar prosaico e vulgar na mão de realizadores menores é poesia com Anderson: o desajeito dos protagonistas, as gags de humor negro, o amor. Sim o tão amarrotado "amor de cinema" ganha frescor e criatividade no filme. Este filme na verdade é sobre a rara história do amor incondicional, idiota, violento e engraçado do realizador pelas imagens que cria. O grande roteiro de todos os grandes filmes.

Miguel Haoni (APJCC - 2010)


18/12 (sábado) "Bastardos Inglórios" de Quentin Tarantino
Desde sua origem, o cinema romantizou e mentiu 24 vezes por segundo. Até que ponto a tentativa de transpor  a 'realidade' ou fidelidade de uma peça histórica pode interferir em uma manifestação artística? Em Bastardos Inglórios, o cineasta Quentin Tarantino usa em seu cristalino trajeto a segunda guerra mundial. E sua verdade explode em cada fotograma do filme. A obra concentra suas forças em diversas frentes, uma delas é Aldo Rayne, que comanda um grupo de soldados americanos cuja missão é exterminar oficiais nazistas. Tarantino é um cineasta que valoriza o plano, o ritmo, e no filme também vemos uma operação funcional ;  seus atores no enquadramento atuando como se o filme fosse o último de suas vidas. Bastardos Inglórios se posiciona como uma borboleta intransponível. Possui uma leveza e acuidade plástica que nem os mais fortes gigantes poderiam destruir. Um grito de amor a sétima-arte, dado por um homem que despejou vitalidade e beleza no cenário cultural deste século. 

Aerton Martins (APJCC - 2010)

19/12 (domingo) "Kill Bill Volume Único" de Quentin Tarantino
Quentin Tarantino foi o homem que devolveu o termo "cinefilia" ao cenário nocivo e estéril que acometia a sétima-arte no começo dos anos 90. Se o grande diretor David Wark Griffith forjou os diversos gêneros em sua pedra fundamental, O Nascimento de uma Nação de 1915, Tarantino jogou semente para a molecada dos anos 90 e 00 com sua vitrine febril e latente. Em Cães de Aluguel o faroeste urbano era o pano de fundo para a gênese de sua verborragia, em Pulp Fiction a fragmentação da narrativa assustava muita criança de fralda que estreava nas telas em 1994. Kill Bill foi pensado à época das filmagens de Pulp Fiction. Tarantino e Uma Thurman esboçaram o roteiro. Conversas. Uma mulher com sede de vingança. Um caldeirão sublime de poesia cinematográfica que só um cineasta de talento e ousadia poderia parir. Quentin Tarantino deixa em Kill Bill a força de uma arte que foi abandonada pelos seus "criadores". Irmãos Lumière, não se preocupem, Kill Bill nasceu. 

Aerton Martins (APJCC - 2010)

Serviço:
de terça a domingo 
(14 a 19 de dezembro)
às 15h00 
no Cine Líbero Luxardo
Av. Gentil Bittencourt, 650, Térreo (esquina com Rui Barbosa)
ENTRADA FRANCA

Realiazação: APJCC e Cine Líbero Luxardo
Apoio: Cineclube Amazonas Douro e Sol Informática
Informações: 8813-1891

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cine CASA apresenta "O Ano do Dragão", de Michael Cimino


Cine CASA apresenta "O Ano do Dragão", de Michael Cimino
 
No inicio dos anos 70, Hollywood passava por uma grave crise financeira. A maioria dos grandes estúdios viam sua autonomia descer pelo bueiro; muitas salas de exibição transformaram-se em estacionamentos e supermercados, outras instalações eram alugadas à televisão, uma das opções que os chefões enxergavam para tentar frear o desespero financeiro. Paralelamente, o quadro político americano contraía feridas que marcariam profundamente seu povo. É nesse contexto que nasce a chamada 'Nova Hollywood'; cineastas que marcariam suas obras com uma estética furiosa o caráter angustiado por qual o país passava. Munidos com um arsenal interminável, os senhores da nova onda americana levaram temas fortes às telas, para alguns o nascimento das trevas, para outros o começo da liberdade. Obras amplificaram os problemas políticos e morais; as drogas em "Operação França", 1971, de William Fridklien; corrupção da policia em "Serpico", 1973, de "Sidney Lumet"; a miséria e violência em "Caminhos Perigosos",1973, e "Taxi Driver", 1978, ambos de "Martin Scorsese"; o poder da máfia em "O Poderoso Chefão",1972, de Francis Ford Coppola; o impacto da guerra no Vietnã é visto no épico "O Franco-Atirador", 1978, filme do genial e subestimado Michael Cimino.

Sinopse:

Em "O Ano do Dragão", 1985, o diretor não expõe apenas o mero caminho de um filme policial, ele arquiteta uma jornada poética da degradação humana. Mickey Rourke interpreta Frank White, um personagem brutal que carrega em seu distintivo racismo, egoísmo, violência, rispidez , arrogância e que chega na Chinatown novaiorquina para combater as "tríades", organizações que dominavam o crime. Nos minutos inicias da obra, testemunhamos o assassinato de um dos chefes. O diretor marca seu território fílmico, cortes brutais, um balé cínico de corpos em uma composição confusa e serena. É neste terreno que a obsessão do protagonista vai ganhando força, não existem limites em sua busca, não existem regras, à medida que a investigação avança, seu corpo vai apodrecendo – assertiva confirmada em uma das mais assustadoras cenas que o cinema já viu; quando White entra desesperado em um carro em chamas para retirar o cadáver do assassino de sua esposa. A cena da perseguição em uma boate, o duelo final e a morte do estagiário, refletem a pureza cinematográfica do diretor. Michael Cimino, tal qual o detetive White, desafiou a si mesmo, fez parte deste nebuloso e lírico recorte da sétima-arte. Deixa em o "Ano do Dragão" o que talvez a Nova Hollywood procurou cravar em seus filmes; a beleza da consciência suja.

Serviço:

Dia 11 de dezembro (sábado)
às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!

Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

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Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema
Blog: http://apjcc.blogspot.com/
Twitter: @apjccnews


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

INSCRIÇÕES PARA A FEIRA DE C&T


SITE OFICIAL RECEBE INSCRIÇÕES PARA A FEIRA DE C&T

Entrou no ar, no dia 30/11, o site da Feira Internacional de Ciência e Tecnologia da Amazônia, evento programado para os dias 14 a 16 de dezembro, no Hangar Feira de Convenções, em Belém, que terá dezenas de convidados do Brasil e do exterior, para discutir a Amazônia no contexto das inovações em ciência e tecnologia em favor do desenvolvimento sustentável.

Através do site (http://www.feiraict.pa.gov.br) é possível aos interessados inscrever-se para participar da programação, organizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa).

Os participantes da Feira vão conhecer os resultados no Estado e na região da implantação do Sistema Paraense de Inovação (SIPI) pelo governo do Pará, desde 2007, bem como os efeitos das recomendações feitas nas conferências regionais e no Fórum de Ciência e Tecnologia. A Feira também servirá para a demonstração de produtos na área de ciência e tecnologia.

"O governo efetivamente implantou uma política de ciência e tecnologia no Estado", disse o secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro. "A inovação para o desenvolvimento é um dos três pilares estratégicos do modelo defendido pelo governo".

Neste pilar, está incluída a mudança da matriz produtiva do Estado, um dos objetivos do SIPI, que funciona como indutor do desenvolvimento econômico pelo incentivo ao uso de ciência e tecnologia na produção. Fazem parte do SIPI os Parques de Ciência e Tecnologia (PCT) do Estado, dos quais, um deles, o PCT Guamá, já está em atividade, no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Belém, enquanto os outros dois: o PCT Tocantins (em Marabá) e o PCT Tapajós (em Santarém) estão em fase de construção.

Os parques promovem a aglomeração de empreendimentos de base tecnológica, fortalecem o capital humano e incentivam a pesquisa e o ensino, assim como a Fapespa, que, desde 2007, concede bolsas a estudantes e pesquisadores até o nível de pós-graduação.

Os resultados da política estadual de ciência e tecnologia, que inclui a implantação do Navega Pará, considerado um dos melhores programas de inclusão digital do País, poderão ser conferidos na Feira, que terá palestrantes nacionais e internacionais e minicursos e tratará também de temas como propriedade intelectual, tecnologia industrial básica e distritos industriais.

São esperadas na feira mais de 20 mil pessoas, entre empresários e representantes de cooperativas e associações, representantes de órgãos dos governos federal, estaduais e de prefeituras municipais; professores, técnicos e pesquisadores de universidades, centros de pesquisas e escolas técnicas; estudantes do nível fundamental ao superior e qualquer interessado nos temas a serem abordados. Toda a programação tem o apoio da Prodepa. Além do site oficial da Feira, também foram criados uma conta no Twitter (www.twitter.com/feiraict) e o email: feiraict@gmail.com, pelo qual os interessados podem obter mais informações.

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FEIRA INTERNACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA AMAZÔNIA
Hangar Centro de Convenções - Belém/PA - 14,15,16 dezembro 2010
SITE: www.feiraict.pa.gov.br
TWITTER: www.twitter.com/feiraict
TELEFONES: (91) 99888787 / 81462900 /81460555
REALIZAÇÃO: Sedect, Fapespa, Prodepa

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Inovacine apresenta: A Margem de Ozualdo Candeias, o "marginal dos marginais"



Inovacine/IPHAN apresenta

A Margem. Ozualdo Candeias. 1967. p/b.


"A margem foi o seguinte: eu inventei a porra da história a partir de umas coisas que eu tinha lido num jornal – que eu também leio jornais –, daí eu cato essas coisas e enfio na história." (Ozualdo Candeias)


O que seria um "cinema marginal"? Algo que está à margem é algo que, não podendo seguir a correnteza, resta. Resta por opção ou pelos espinhos da estrada? Por condição ou sobrevivência? Fazer cinema, para um cara chamado Ozualdo Candeias, era simplesmente um ato poético e necessário, um trampo da alma. As suas condições eram as mais precárias possíveis, e é desse limite que nasce a sua liberdade: a responsabilidade de assumir esteticamente a condição de existência à margem, e se expressar cinematograficamente.

O que seria o "cinema marginal"? Produtos audiovisuais surgidos na Boca do Lixo em São Paulo, que inclui tanto filmes experimentais de cineastas como Sganzerla, Bressane e Reichembach até pornochanchadas de apelo notadamente meramente comercial. Candeias, denominado por Jairo Ferreira "marginal dos marginais", é, na verdade, não o "pai dos marginais" (título concedido mais ao Mojica), mas um filho sem pai, um marginal dos marginais mesmo, um objeto não-identificado, um solitário, um anjo do arrabalde.

 "A Margem", seu primeiro filme, lançado em 67, trata dos "marginais" de forma existencial. Atravessando o discurso afinado da elite intelectual burguesa cinemanovista espetacularizadora da fome, Candeias não procura legitimar sociologicamente as brutas imagens que explodem na tela. Elas simplesmente são o que são: fruto de uma busca humilde e digna de um cinepoeta por seu estilo; subjaz no contexto estético os quilos da realidade vivida, que não pesam mais que a mão de uma criança abandonada, o olhar de uma prostituta sem perspectiva e o franzido cenho de um trabalhador explorado. Como disse Inácio Araújo, "não é filme sobre os marginais, mas entre eles, com eles". 

Ruy Gardnier afirma que "Candeias, é, mais que tudo, um 'cineasta de sobrevivência'". Concordo. Fazia a câmera, fotografia, roteiro, montagem; respirava cinema para não morrer, sob o signo de escorpião.

Há mais coisas entre Glauber e Meirelles do que sonha a nossa vã ignorância enquanto público de cinema brasileiro (e falo aqui do brasileiro que assiste cinema!). Conhecer Candeias é tão essencial quanto conhecer Vigo, Buñuel, Jesus Franco, Jean Rollin, e tantos outros poetas do cinema "pobre". Contra todas as convenções inúteis se insurge o cinema dos vagabundos que por aí vanguardeiam, os que por ele são tocados eu convoco para prestigiar a sessão: lá, um dos notáveis desconhecidos se apresentará em suspiro poético audiovisual. Essa sessão é dedicada não aos que escolhem o cinema, mas aos que por ele são escolhidos.


Mateus Moura (APJCC – 2010).


Serviço:
01 de dezembro (quarta)
às 18h30
No auditório do IPHAN (Travessa Rui Barbosa, esquina da Avenida Governador José Malcher)
ENTRADA FRANCA

Realização: INOVACINE
Apoio: IPHAN
Informações: (91) 8717-5666 --



sábado, 27 de novembro de 2010

Rio de Janeiro - vencendo o mal


Bom ver o Estado tomando uma atitude drástica contra o venenoso tráfico de drogas.

Ruim ver a população tendo que passar por isso.

Mas quem disse que retomar a ordem é fácil, quando a situação chegou a tal ponto?

Vamos continuar na torcida para que no final toda essa guerra cesse e a ordem seja restaurada na cidade maravilhosa.

FORÇA RIO!!!


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sempre acordado... ...Márcio Anderson

TV Clube apresenta: fragmentos do programa "Abertura"




APJCC apresenta fragmentos glauberianos do programa "Abertura"

 

Em homenagem aos 60 anos da televisão brasileira, o TV Clube  apresenta no domingo, 28, fragmentos do programa "Abertura" .

 



Sinopse:


 O fim dos anos 1970 representou no Brasil um período de gradual abertura democrática no qual a ditadura dos militares, através da pressão de vários segmentos da sociedade e de dissidências dentro do poder, começava a afrouxar o seu laço autoritário que desde o "Golpe de 64 "sufocava as liberdades nos meios políticos, estudantis, artísticos e da comunicação.

Glauber Rocha, gênio das artes modernas e polemista nato, observava o fenômeno e defendia a necessidade de assimilar colaborativamente determinados elementos governistas na luta pela redemocratização, o que, obviamente, ofendia as pretensões revolucionárias das esquerdas radicais.

A suposta "traição" de Glauber atinge a contundência máxima, no instante em que o artista ingressa , junto com outros jovens profissionais e intelectuais, na equipe do revolucionário programa "Abertura" que discutia a política e a cultura brasileira na Rede Tupi de Televisão, em 1980.

Em seu espaço de crônica jornalística dentro do programa, Glauber soltava o verbo sobre tudo o que lhe incomodava no país que virou-lhe as costas nos últimos 10 anos mas do qual era ligado por laços mais fortes que o amor. No estilo verborrágico do bahiano, a história recente do Brasil é desfiada em transes repentistas e entrevistas disparadas contra elementos do chamado "povo brasileiro".

O TV Clube apresenta neste domingo, em homenagem aos 60 anos da tv brasileira, 45 minutos de fragmentos glauberianos do programa "Abertura". Traga as crianças pra sala, abra os olhos e ouvidos para um dos instantes máximos da história da telecomunicação nacional.


Miguel Haoni

(APJCC - 2010)

 

 

 

Serviço:


TV Clube apresenta: fragmentos do programa "Abertura"

Data: 28 de novembro (domingo)

Horário: 18h

Local: Espaço Benedito Nunes (Livraria Saraiva - Shopping Boulevard, 2º piso)

Entrada franca.


Realização: APJCC

Apoio: Livraria Saraiva.


 

Acompanhe nossa programação no blog da APJCC: http://apjcc.blogspot.com/

Siga a APJCC no Twitter: @apjccnews

 


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cine CASA apresenta "O Samurai", de Jean Pierre Melville




Cine CASA apresenta "O Samurai", de Jean Pierre Melville
 
Sinopse:
 
Jeff Costello, interpretado por um magnífico Alain Delon,é um assassino profissional que segue um rígido código de conduta para evitar que seja pego ou reconhecido após a execução de seu trabalho. Solitário, a única companhia com que conta é a da namorada Jane Lagrange (interpretada por Natalie Delon, esposa do ator na vida real), que o ajuda a construir seus álibis.
 
Mesmo planejando todos os seus assassinatos com extremo cuidado, uma noite ele comete um erro ao ser surpreendido por uma testemunha – Valerie (Cathy Rosier), a pianista de um bar noturno. Com a identidade exposta, passa a ser cada vez mais pressionado tanto pela polícia quanto pelos seus empregadores. Simultaneamente, desenvolve uma relação cada vez mais intensa com a pianista.
 
Sobre o filme:
 
"O Samurai", de Jean Pierre Melville, é um filme descritivo. Ele se constrói por completo em uma apresentação de personagem: Jef Costello (Alain Delon) é gélido e robótico e meticuloso.

Sentimos muito frio com a fotografia; um frio vindo de dentro, dos países gelados do norte, da mente daquele homem. Ele é o assassino perfeito, intransponível e respirando morte. Sua espada de Samurai é a câmera e seu aspecto retilíneo. Ele se desmascara e deságua em nossa frente e nos apaixonamos por sua fraqueza - esta que não é uma comum, das de seres Humanos: é a de Samurai quando falha em uma missão.

"O Samurai" é um filme de 1967, o décimo primeiro de Jean Pierre Melville, um dos maiores cineastas franceses de todos os tempos, com seu noir inconfundível e revolucionário na história do cinema.
 
Luah Sampaio (APJCC - 2010)
 
Serviço:
 
Dia 27 de novembro (sábado)
às 18h30
no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude - Av. Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur
Entrada franca!
 
Realização: APJCC e Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude
Parceria: Rede Norte de Cineclubes

--
Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema
Blog: http://apjcc.blogspot.com/
Twitter: @apjccnews


Epitáfio

Epitáfio - Titãs

Composição: Sérgio Britto

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
 

Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
 

Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

Cineclube do Colégio Sucesso: programação de dezembro



Cineclube do Colégio Sucesso
programação de dezembro:


03/12 - "Virgens Suicidas" de Sofia Coppola
Comentários: Felipe Cruz (APJCC)

17/12 - "A Marselhesa" de Jean Renoir

Serviço:
Quinzenalmente às sextas
18h30
No Auditório do Colégio Sucesso
(Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa)
ENTRADA FRANCA

Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Só na sexta-feira: dia especial de compras.


quem sabe alguém se interessa por isso. recebi por e-mail e estou colocando aqui.

Comprar online     |     0800-761-0867
Prepare-se para uma grande surpresa.
O dia especial de compras da Apple é sexta-feira, 26 de novembro, na Apple Online Store.
Comece a planejar desde já.
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Os preços dos eventos de compra estarão disponíveis apenas no dia 26 de novembro de 2010. Os preços estão sujeitos a mudanças. É possível que alguns produtos não estejam disponíveis para todas as áreas. Os preços promocionais não podem ser combinados com outras ofertas. As especificações dos produtos estão sujeitas a mudanças. Os preços de venda limitam-se ao estoque disponível e enquanto durarem os estoques.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Corredor Cultural na 5ª: Rock e Orquestra de Violoncelistas


REPASSANDO.


Nesta terça-feira inicia o Corredor Cultural da UFPA, evento que
transforma em espaços culturais diversos prédios de importância
história para a cidade, nas avenidas que ligam a Praça da República ao
Mercado de são Braz. Durante três dias haverá música, teatro e poesia
no IEP, Casa da Linguagem, Colégio Vilhena Alves, Colégio Nazaré e

Instituto de Artes do Pará com grande culminância em frente ao Mercado
de São Braz.

Confira a programação do palco armado em frente ao Mercado de São Braz:


Terça (23), 19h
GRUPO DE SAMBA DE CACETE de Vila do Carmo (Cametá)
GUITARRADAS DO PARÁ (com MESTRE CURICA)
http://www.youtube.com/watch?v=OH3PQJOhomk
GRUPO DE CARIMBÓ DE ICOARACI (Espaço Cultural Coisas de Negro)
www.coisasdenegro.blogspot.com

Quarta (24), 19h
MOSTRA DE INTÉRPRETES DA MPB (apresentação dos finalistas)
FELIPE CORDEIRO E OS ASTROS DO SÉCULO (brega-rock-irreverente?)
http://www.youtube.com/watch?v=clrnvUEb8yo
PEGADA DO FORRÓ (Forró!)

Quinta (25), 19h
PARIS ROCK http://www.youtube.com/watch?v=p25_d0OkXXc
ORQUESTRA JUVENIL DE VIOLONCELISTAS DA AMAZÔNIA (rock 'n roll, música
clássica, música latina...) http://www.youtube.com/watch?v=UlH5t_eDOBg

O Corredor Cultural faz parte da programação da 13ª JORNADA DE
EXTENSÃO DA UFPA. Para conferir a programação completa dos outros
espaços culturais e a programação de serviços de saúde e cidadania,
bem como a programação acadêmica acesse: www.proex.ufpa.br




Na próxima quarta, D. Juan, de Mateus Moura em 3 sessões no Líbero Luxardo

recebido por e-mail e encaminhado.
"Excelente!" "Depois a gente conversa..." "Delicado" "Psicodélico!" "Muito bom, cara" "Só achei que a cena deles andando ficou muito longa..." "Acho que tu ta vendo muito Godard..." "Meio Tarkovski né?" "Maldito" "Você fez um filme!" "Teu filme não tem um gênero substancial" "Parece que tu só tem uma perna no filme!" "O áudio no diálogo é impressionantemente nítido" "Não ouvi rigorosamente nada na cena do diálogo" "Estranho" "O início é lindo!" "Francamente, achei que esse Coltrane estragou" "Parece que tu bateu punheta com a mão esquerda, mas de camisinha: é isso o teu filme!" "O animal preso e livre começa dançar"

D.Juan



Sinopse: 
O encontro de lobos.
O homem é lobo do homem.
A mulher é loba da mulher.
A ribalta é a lua cheia,
onde o encontro das bestas será aceito.

Informações Técnicas: 
Filme rodado nos dias 27 e 28 de julho de 2010 pela produtora independente Sr. Cheff Produções. Contou com o apoio da ETDUFPA (que cedeu o local de filmagem, com iluminação), o CEPEPO (que cedeu a câmera e os cinegrafistas), a MTV BELEM (que cedeu o microfone), a PARACINE (que bancou a alimentação) e a SINTDACPA (que cozinhou de forma admirável). 
  
D. JUAN

Título: D. Juan
Realizador: Mateus Moura
Assistência: Felipe Cruz
Produção: Sr. Cheff Produções
Atores: Ramón Rivera, Giovana Miglio, Haroldo França, Felipe Cruz e Mateus Moura
Música original: Ramón Rivera
Trilha sonora, montagem e fotografia: Mateus Moura
Figurino: Cassiane Dantas
Duração: 33 min
Formato: 16:9 & 4:3 / Cor / Digital


Parte da equipe de Produção
Sr. Cheff Produções é:
Mateus Moura
Felipe Cruz
Luana Beatriz
Luah Sampaio
Juan Pablo
Samir Raoni
Janaína Torres
Glenda Marinho
João Pedro Rodrigues
Neto Dias
Cassiane Dantas
Max Andreone
Giovana Miglio
Ramón Rivera
Haroldo França
Harrison Lopes
Vanessa Silva

Serviço:
 

24/11 (quarta-feira)
Em 3 sessões: às 19h, às 20h e às 21h
No Cine Líbero Luxardo
Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo
Entrada franca.  

Apoio de exibição:
Cine Líbero Luxardo

Textos sobre o filme:


--
Mateus Moura
cel: (91)8717-5666
Blog pessoal: http://cinemateusmoura.blogspot.com/
APJCC: http://apjcc.blogspot.com/
           http://twitter.com/apjccnews
INOVACINE: http://inovacine-fapespa.blogspot.com/
                 http://inovacine-fapespa.ning.com/ 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Os Cegos Do Castelo

Os Cegos Do Castelo

Titãs

Composição: Nando Reis

Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, o lugar
Pro que eu sou
Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou
E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar, eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar, e de você e de mim

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cineclube do Colégio Sucesso apresenta: "Terra em Transe" de Glauber Rocha



Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:"Terra em Transe" de Glauber Rocha

O Grupo Ideal em parceria com a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema apresenta no dia 19 de novembro a obra-máxima do cinema brasileiro "Terra em Transe" do cineasta Glauber Rocha.
O Cineclube do Colégio Sucesso é uma ação cultural quinzenal de cunho cineclubista e  espaço democrático de debates sobre cinema, arte e cultura. Visando o fortalecimento de uma comunidade ética e fraterna sob a bandeira da arte cinematográfica, o cineclube chega para ampliar o acesso gratuito a obras fundamentais na História do Cinema, integrando-se assim ao movimento nacional pela difusão do áudio-visual artístico e ao fortalecimento do circuito cultural paraense.
O Cineclube do Colégio Sucesso funciona quinzenalmente, às sextas-feiras 18h30, sempre com entrada franca!

Sobre o filme: 
"O cinema prolonga a vida. Estas imagens estarão eternas. Além da morte."

"Roberto Rosselini dizia que é mais fácil fotografar o mundo do que fotografar um rosto. O cinema, me disse Alexandre Kluge, deve ser polifônico. É uma nova arte e presa ainda ao naturalismo/realismo do romance. O romance, os senhores sabem, é uma expressão do século XIX. É, pois, a linguagem da burguesia. O cinema é a linguagem do capitalismo, isto é, do século XX. Cinema, jornalismo, televisão. O cinema, porque foi realizado até bem pouco tempo por homens com formação no século passado e formou e deformou o público e a crítica. E a maioria dos intelectuais. E, o que é mais grave, a maioria dos cineastas. O cinema é um instrumento de coração do capitalismo. Ou do policialismo. Liberdade, no cinema, sempre foi crime. Rimbaud, para lembrar um nome conhecido, que é ponto pacífico na poesia, se aparecesse fazendo filme como escrevia levava ovo na cara. Idem Cézanne. Até mesmo Van Gogh. E estes são artistas do século passado, nem mais vanguarda são considerados. Por que o cinema tem de ficar seguindo a narrativa de Maupassant?
"
"Quando um intelectual vem me dizer que não gostou de Terra em Transe porque não entendeu, dá vontade de perguntar a ele se poesia ou música ele entende tudo como entende uma reportagem, isto é, no sentido explicativo, óbvio, ululantérrimo!"
"Convulsão, choque de partidos, de tendências políticas, de interesses econômicos, violentas disputas pelo poder é o que ocorre em Eldorado, país ou ilha tropical. Situei o filme aí porque me interessava o problema geral do transe latino-americano e não somente do brasileiro. Queria abrir o tema "transe", ou seja a instabilidade das consciências. É um momento de crise, é a consciência do barravento."

Glauber Rocha

Serviço:
19 de novembro (sexta)
às 18:30
No auditório no Colégio Sucesso
(Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa)
ENTRADA FRANCA

Cartaz: Gabriel Cavalcante
Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro