Cineclube do Colégio Sucesso apresenta:"Terra em Transe" de Glauber Rocha
O Grupo Ideal em parceria com a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema apresenta no dia 19 de novembro a obra-máxima do cinema brasileiro "Terra em Transe" do cineasta Glauber Rocha.
O Cineclube do Colégio Sucesso é uma ação cultural quinzenal de cunho cineclubista e espaço democrático de debates sobre cinema, arte e cultura. Visando o fortalecimento de uma comunidade ética e fraterna sob a bandeira da arte cinematográfica, o cineclube chega para ampliar o acesso gratuito a obras fundamentais na História do Cinema, integrando-se assim ao movimento nacional pela difusão do áudio-visual artístico e ao fortalecimento do circuito cultural paraense.
O Cineclube do Colégio Sucesso funciona quinzenalmente, às sextas-feiras 18h30, sempre com entrada franca!
Sobre o filme:
"O cinema prolonga a vida. Estas imagens estarão eternas. Além da morte."
"Roberto Rosselini dizia que é mais fácil fotografar o mundo do que fotografar um rosto. O cinema, me disse Alexandre Kluge, deve ser polifônico. É uma nova arte e presa ainda ao naturalismo/realismo do romance. O romance, os senhores sabem, é uma expressão do século XIX. É, pois, a linguagem da burguesia. O cinema é a linguagem do capitalismo, isto é, do século XX. Cinema, jornalismo, televisão. O cinema, porque foi realizado até bem pouco tempo por homens com formação no século passado e formou e deformou o público e a crítica. E a maioria dos intelectuais. E, o que é mais grave, a maioria dos cineastas. O cinema é um instrumento de coração do capitalismo. Ou do policialismo. Liberdade, no cinema, sempre foi crime. Rimbaud, para lembrar um nome conhecido, que é ponto pacífico na poesia, se aparecesse fazendo filme como escrevia levava ovo na cara. Idem Cézanne. Até mesmo Van Gogh. E estes são artistas do século passado, nem mais vanguarda são considerados. Por que o cinema tem de ficar seguindo a narrativa de Maupassant?"
"Quando um intelectual vem me dizer que não gostou de Terra em Transe porque não entendeu, dá vontade de perguntar a ele se poesia ou música ele entende tudo como entende uma reportagem, isto é, no sentido explicativo, óbvio, ululantérrimo!"
"O cinema prolonga a vida. Estas imagens estarão eternas. Além da morte."
"Roberto Rosselini dizia que é mais fácil fotografar o mundo do que fotografar um rosto. O cinema, me disse Alexandre Kluge, deve ser polifônico. É uma nova arte e presa ainda ao naturalismo/realismo do romance. O romance, os senhores sabem, é uma expressão do século XIX. É, pois, a linguagem da burguesia. O cinema é a linguagem do capitalismo, isto é, do século XX. Cinema, jornalismo, televisão. O cinema, porque foi realizado até bem pouco tempo por homens com formação no século passado e formou e deformou o público e a crítica. E a maioria dos intelectuais. E, o que é mais grave, a maioria dos cineastas. O cinema é um instrumento de coração do capitalismo. Ou do policialismo. Liberdade, no cinema, sempre foi crime. Rimbaud, para lembrar um nome conhecido, que é ponto pacífico na poesia, se aparecesse fazendo filme como escrevia levava ovo na cara. Idem Cézanne. Até mesmo Van Gogh. E estes são artistas do século passado, nem mais vanguarda são considerados. Por que o cinema tem de ficar seguindo a narrativa de Maupassant?"
"Quando um intelectual vem me dizer que não gostou de Terra em Transe porque não entendeu, dá vontade de perguntar a ele se poesia ou música ele entende tudo como entende uma reportagem, isto é, no sentido explicativo, óbvio, ululantérrimo!"
"Convulsão, choque de partidos, de tendências políticas, de interesses econômicos, violentas disputas pelo poder é o que ocorre em Eldorado, país ou ilha tropical. Situei o filme aí porque me interessava o problema geral do transe latino-americano e não somente do brasileiro. Queria abrir o tema "transe", ou seja a instabilidade das consciências. É um momento de crise, é a consciência do barravento."
Glauber Rocha
Serviço:
19 de novembro (sexta)
às 18:30
No auditório no Colégio Sucesso
(Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa)
ENTRADA FRANCA
Cartaz: Gabriel Cavalcante
Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro
às 18:30
No auditório no Colégio Sucesso
(Mauriti entre Pedro Miranda e Antonio Everdosa)
ENTRADA FRANCA
Cartaz: Gabriel Cavalcante
Realização: APJCC e Grupo Ideal
Apoio: Colégio Sucesso e Cineclube Amazonas Douro
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